domingo, 24 de janeiro de 2021

 Vento 

(Rubinho Andrade)

É tão difícil pra mim 
Mas eu espero que entenda 
Não foi fácil decidir 
Por mais que algo me prenda 

Juntos tanto tempo, tudo parece desabar 
Não sei o que falar 
Muito mais do que sentir e amar 

Somos apenas areia na praia 
O vento leva e não resta nada 
Nem tudo dura pra sempre 
Mas algo ficará 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

2101

(Rubinho Andrade)

Era dois mil e vinte, século XXI, caos político, parecia que nada poderia piorar, fascismo quase instalado, ditadura travestida de democracia, o que poderia ser pior?

Um vírus do Oriente, epidemia global, mortes em massa, pessoas que não conseguiam respirar, morriam a espera do mínimo de ar
Ainda era possível piorar, negaram o inegável, em meio a milhares de pessoas ofegantes, superfaturamentos, festas, farras, noites, baladas, pessoas que se protegiam foram injustiçadas, foram humilhadas, chamadas de chatas, as pessoas se uniram ao vírus, tinha gente lutando pra não se vacinar...

Ansiedade, angústias tomavam o peito daqueles que só queriam sobreviver e proteger a quem mais se amava, nada sensiblizava, vidas viraram nada.